vendredi 30 septembre 2016

Os animais precisam de nossas acções, não de nossa masturbação mental



Admito que posts com imagens explícitas de maus tratos aos animais sirvam para despertar consciências adormecidas. Mas uma vez despertas, é preciso dar o passo seguinte: agir.

Nada adianta ficar a dar gostos nas postagens alheias, ou a malhar o Judas e dizer impropérios nas redes sociais. Centenas e milhares de animais estão a ser mortos neste exacto momento, por nossa causa, e precisam de nós urgentemente, da nossa voz e gestos em sua defesa.

Quando vejo tantas mentes privilegiadas de abolicionistas, de activistas sinceros e capazes, a partilhar vezes sem conta imagens da tortura, a xingar e a ridicularizar, a amesquinhar os criminosos, vejo atitude, mas também vejo desperdício de talento. E de tempo.

Corremos o risco de nos tornar adictos do mesmo sofrimento que estamos a combater, se nos resignarmos e nos acostumarmos a malhar, malhar, malhar sem nada de mais criativo e EFICAZ fizermos.

Estamos numa guerra, sim, de verdade. Pela vida, pela ética, pela sustentabilidade, pela compassividade. O mal, é por defeito, ousado, atrevido e orgulhoso. Ele nos encara sem medo, nos desafia, se engrandece diante de nossos temores e indecisões. Ele nada teme. Ele é o mal.

E nós, o que somos? O bem? Mas que merda de bem fazemos pelos  que sofrem e morrem a cada instante? Quanto estamos dispostos a sacrificar de nós próprios, no lugar do sacrifício desses inocentes? Quanto estamos dispostos a sacrificar de nós proprios, para assegurar um mundo mais digno para as futuras gerações? Somos assim tão mais inteligentes, evoluídos, fixes e valentes que os criminosos que julgamos e espezinhamos socialmente, ou apenas pretendemos sê-lo?

Se firo suscetibilidades... estou-me nas tintas! Julgar sem actuar é masturbar-se mentalmente, é acto solitário, egoísta e egocêntrico.

Estudemos, aprendamos, até com o os posts da tortura, ok. Mas depois de despertos, não teremos mais desculpas nem justificativas para nada fazer. Ajamos, todos juntos, unidos, já!




Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire