lundi 29 août 2016

Deu a "Aflicción" tauricida na TV portuguesa

No artigo "Assim não se defende a tauromáquia",  disponível em (acesso em 27/09/2016)<http://patioquadrilhas.blogspot.ch/2016/08/artigo-de-opiniao-assim-nao-se-defende.html#more>, o aficionado Carlos Caetano (Cajó), comentou a tourada perpetrada no campo pequeno na passada quinta-feira, 25 de agosto, ainda com o degradante tempo de antena assegurado pela TV publica portuguesa, RTP 1. Lamentando o actual declínio das audiências em touradas, o comentador deitou culpas aos organizadoes do "evento", sendo particularmente crítico acerca da cobertura da RTP, cuja edição de imagens teria sido "inconveniente", na medida em que não disfarçou os vazios nas galerias.

Diz o artigo: "Longe vão os tempos em que a corrida TV era a corrida da temporada e sinónimo de casa (praça) cheia (...)  a praça não se encontrava assim tão cheia como devia para mostrar o poder da afición portuguesa e calar a boca de todos aqueles que se levantam contra a nobre arte da tauromaquia em Portugal, mas não foi isso que aconteceu e a imagem que passou foi precisamente o contrário do que a que os defensores da festa brava tanto proclamam que fazem e que está a ser feita para a defender e permitem que se deixe passar imagens em direto das enormes clareiras nas bancadas."

Pois bem, esse comentário harmoniza-se à perfeição com os novos ventos abolicionistas e refrescantes, que pouco a pouco  varrem nosso país e vão empurrando-nos inequivocamente para a frente, arrancando-nos desse terreno pantanoso e  obscuro, que alguns teimam em chamar "tradição". Sim, os tempos estão mais para "aflicción" dos aficionados que para "afición", em Portugal e no resto do mundo.

Os vazios que a RTP teve o "descuido" de mostrar, a "falha de organização", que nem sequer "amontoou" os expectadores, artimanha que seria utilizada em Espanha, ou a inutilidade de se ter procurado audiência, de última hora, oferecendo bilhetes mais em conta,  sem reparar que o "ambiente (gente para entrar na praça) à volta da praça não era dos melhores (maiores)", essas pequenas marotices não servem à nada, apenas para dar a falsa impressão de que ainda andamos agarrados pelos pés à lama. Nem aficionados acreditam mais nisso, daí extravasarem, publicamente, seu desgosto.

Oxalá essa edição de imagens da RTP tenha sido um prenúncio de que seu conselho de administração vai finalmente deixar de ignorar o parecer do provedor da televisão publica portuguesa, que admite que "transmissão de touradas não é serviço publico", e também que das 14935 mensagens por ele recebidas em 2015 - mais do dobro das 7111 do ano anterior - 8280 foram sobre touradas - ou seja, 55% do total de queixas anual.

A questão não é tapar o sol com a peneira, nem coisa que se possa aficionadamente consertar.E o motivo dos buracos supracitados, é bem simples. Citando um excerto do artigo "O que é ser toureiro", disponível em (acesso em 27/09/2016)<http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-que-e-ser-toureiro-575139>, "Já são poucos aqueles que se deslocam a uma arena para ver estas 'bailarinas' de collants cor-de-rosa a fazer piruetas ridículas diante de um Bovino previamente torturado, enfraquecido nas suas faculdades físicas e mentais, para que um cobardolas possa 'brincar' aos 'valentes' sem ser 'molestado', e no fim pedir aplausos aos poucos sádicos (que se babam diante do sangue que golfa das feridas abertas pelas bandarilhas, no dorso do animal), como se tivesse estado a apresentar uma 'performance' do bailado 'A Bela Adormecida'."

Por isso vão acabando as touradas e o seu holocauto de touros e cavalos.


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